2023-10-31

Google Analytics 4: saiba tudo sobre as vantagens da nova ferramenta

Igor Costa Gomes

Content Manager

Anunciado em março de 2022, o Google Analytics 4 (GA4) finalmente entrou em vigor em julho de 2023. O substituto do Universal Analytics (UA), ferramenta anteriormente utilizada para entender o comportamento dos usuários em ambientes digitais, chega prometendo respeitar a privacidade do público sem deixar as empresas no escuro em relação às interações nas páginas. Outra mudança bastante perceptível na nova ferramenta é a possibilidade de personalizar quais interações durante as visitas serão coletadas de acordo com a necessidade de cada site. Para entender as vantagens que o GA4 traz e as diferenças para o Universal Analytics, conversamos com Daniel Nobemassa, Data & Analytics Director da Jellyfish Brasil. 

A troca de sessões por eventos permite personalizar coleta de dados

A mudança mais perceptível do Universal Analytics para o Google Analytics 4 é como os dados são coletados. No lugar das sessões, estão os eventos, que podem ser interações que você escolher: visitas, cliques, scrolls, visualizações de vídeos e quaisquer outras que nossos profissionais de mídia, negócios e dados acharem importante analisar. “Eu posso transformar esses eventos em métricas e ter um detalhamento muito maior de toda essa jornada do usuário. Você está olhando para o comportamento dele dentro do site, colocando-o no centro dessa história”, explica Daniel Nobemassa. Isso permite a criação de estratégias mais acertadas para nossos clientes. “Não é apenas um botão que eu estou tagueando, por exemplo. Ele pode virar um botão de conversão, e a partir daí eu consigo mapear uma jornada mais completa do usuário até apertá-lo”.

Essa flexibilidade permite olhar para o usuário e todas as pequenas interações que ele fará no seu site em vez de apenas a sessão. “Isso deixa o seu processo mais estratégico e deixa sua compra de mídia mais otimizada também, sendo mais eficiente”, afirma Nobemassa.

GA4 respeita leis de dados sem deixar faltar insights

Um dos principais motivos da transição para o GA4 é o esforço do Google para se adequar às mudanças em legislações de proteção de dados que ocorreram em diversos lugares do mundo, como a Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil (LGPD) e a General Data Protection Regulation (GDPR), da União Europeia. Ambas dão mais controle aos usuários sobre seus dados, permitindo que eles neguem às ferramentas de análise o acesso ao seu comportamento durante a navegação. 

No caso do Universal Analytics, não ter o acesso a dados dos usuários poderia causar grandes brechas nos relatórios, prejudicando as análises. O GA4 resolve esse problema associando dados anonimizados com machine learning para entender como o usuário age e, assim, fazer modelos que simulam esse comportamento. 

A ferramenta de predição é alimentada pelos dados coletados com consentimento dos usuários durante a navegação e pelos dados anonimizados de quem opta por manter sua privacidade. Ele trabalha com essa capacidade de estimar certos comportamentos para podermos preencher os gaps deixados pela necessidade de respeitar a privacidade do usuário em primeiro lugar. Uma melhoria importante no GA4 é que, se antes, esse processo de remoção do IP - protocolo que identifica a conexão do usuário - precisava ser feito manualmente, agora, a plataforma faz de maneira automática. Muito mais simples e prático.  

Signals unifica interações de um mesmo usuário vindas de diferentes dispositivos

A jornada de um usuário passa por vários dispositivos: por exemplo, ele pesquisa no notebook, depois decide finalizar a compra pelo celular. Ou, então, faz a pesquisa pelo celular e finaliza pelo computador. Por conta da análise baseada em sessões e da dificuldade de estrutura que o seu modelo de dados tinha para se conectar com modelos de dados para app, o Universal Analytics acabou se tornando obsoleto, mas o Google não ficou para trás e desenvolveu uma solução muito interessante para o GA4.

A resposta do Google Analytics 4 para essa jornada em múltiplos aparelhos é o Google Signals. Ele permite que a ferramenta identifique usuários navegando em diferentes dispositivos através dos logins em contas Google. Por exemplo: você entra no site de uma livraria pelo navegador do celular com sua conta Google logada, coloca um livro no carrinho de compras e sai. Em seguida, faz o mesmo processo, mas dessa vez pelo navegador de um notebook que está com a mesma conta Google logada. Usando o Google Signals, é possível saber que o usuário entrou no site nas duas vezes e usou a mesma conta. Assim, é possível fazer uma ponte e preencher as lacunas deixadas pelo fim dos cookies de terceiros para manter a reativação de mídia e reimpactar usuários específicos, baseado no uso deles da internet.

“Essa questão de unificar a jornada é extremamente importante e promete trazer resultados muito promissores. Uma vez que enxergamos todo o ciclo até a finalização das conversões, conseguimos ser muito mais precisos sobre o momento ideal, o dispositivo correto e o tipo de conteúdo que mais se encaixam a cada usuário” 

Daniel Nobemassa, Data & Analytics Director da Jellyfish Brasil

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